sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Comparação na argumentação

Comparação na argumentação

COMPARAÇÃO E IDEOLOGIA

Ducrot ao analisar a comparação argumentativa  na obra de Carlos Vogt faz referência ao conceito de alteridade a qual Platão define as categorias da realidade, classifica o outro como a categoria fundamental de cuja essência  todas as outras participam e por meio da qual se constituem, ou seja, uma categoria só se caracteriza pelo que tem de diferente em relação a categoria OUTRO.
Já nos trabalhos de Benveniste em relação aos fenômenos linguísticos  diz que os signos só se constituem mutuamente , no discurso dialógico.
A pesquisa promovida por Vogt procura demonstrar que tudo na língua é comparação. Os elementos indicadores de tempo como já, mesmo, ainda, também..., são também comparativas, pois terminam sempre por confrontar os dados da experiência.
A estrutura comparativa argumentativa não define um termo em relação a outro, mas tem por fim induzir às conclusões advindas do emprego dessa forma lingüística.



DIFERENÇA ARGUMENTATIVA NA IGUALDADE LINGUÍSTICA

A argumentação tem por objetivo explicar e persuadir o leitor sobre determinados assuntos. Através da comparação a igualdade argumentativa possui em si o elemento negativo próprio da adversidade fazendo com que o receptor siga uma determinada direção. A igualdade que se processa deve ser considerada como um índice de diferença, assim o interlocutor utiliza os elementos da diferença argumentativa para conduzir o raciocínio do leitor.
Exemplo. Um articulista publicou no jornal Folha de São Paulo referindo-se ao grande fracasso organizacional das olimpíadas, comparando a olimpíada atual com a de 92 em Barcelona, cujo sucesso dependeu muito de um  envolvimento da própria comunidade local. Concluiu com a seguinte tese: “a julgar pela comparação com êxito de Barcelona-92, o empenho humano parece ser tão importante quanto a mais moderna tecnologia.”
Percebe-se ai através do contexto que mesmo que ele esteja comparando há elementos que mostra uma individualidade e uma característica  de oposição.
Pois apesar de ter toda tecnologia não foi o bastante para obter o sucesso já o envolvimento e o apoio do público foi mais importante, embora o articulista em nenhum momento tenha dito que o apoio foi mais importante.
Em uma análise argumentativa da comparação é necessário que se analise a forma como as estruturas se apresentam em função da vontade de um sujeito perante o outro numa determinada situação interativa.

Mirian Fernandes de Moura

A leitura na aula de português


A leitura na aula de português
Paulo Coimbra Guedes
Jane Mari de Souza

            Basicamente, Ana aula de português se aprende a ler em português, uma língua que não falamos, mas que por razões de política cultural, temos de ler e escrever. Então, ensinar a ler é contextualizar textos, o contexto que cabe ao professor de português construir com seus alunos é a língua portuguesa, que para nós, no Brasil, é produto do trabalho histórico de escritores brasileiros sobre a língua portuguesa. O trabalho histórico dos escritores brasileiros sobre essa construção de portugueses foi o de moldar essa língua, forjada para expressar a natureza e a cultura de Portugal, para que se fizesse apta a expressar a outra natureza e a outra cultura do Brasil.
Neste momento em que estamos vivendo, de radical questionamento dos valores lingüísticos dominantes, começam a ser criadas condições para que possamos passar a vivenciar uma mudança de atitude com relação aos valores historicamente atribuídos a essa relação entre língua falada e a escrita.
A primeira atitude necessária para contextualizar a língua portuguesa – a língua que não falamos- é estabelecer sua adequada relação com a língua que falamos para trazer para dentro de nossas salas de aula o diálogo que entre elas vem sendo promovido pelas mais significativas falas de nossa contemporaneidade e pelos melhores textos da cultura brasileira.
A segunda é ensinar verdadeiramente português: dar condições aos alunos para que dominem a língua escrita com todas as regras gramaticais, morfológicas e semânticas.
Ensinar ortografia, por exemplo, a partir de uma característica em que a fala e a escrita são fundamentalmente opostas: a ortografia constitui-se como um processo histórico institucionalizado de representação uniformizada e a língua falada de rege pela variação. A função da ortografia é preservar a inteligibilidade dos textos, apesar das variantes de pronuncias regionais, sociais e históricas das palavras.
Ensinar morfologia não para cobrar na prova a identificação da raiz, do radical, do prefixo etc, mas sim, para ensinar que as diferenças entre inquieto e inquietante, por exemplo,  pode ser tratada sistematicamente pelo significado dos sufixos ou dos prefixos, assim com antediluviano e antidiluviano.
Ensinar morfossintaxe  para mostrar que na língua escrita, diferentemente da falada, existem regras chamadas concordância e para explicar como funcionam a partir do que os alunos estão vendo acontecer nos textos que estão lendo e não a partir da língua que deveriam falar.
Para aprofundar a leitura dos textos importantes para a formação dos alunos, solicitar que cada aluno expresse o seu entendimento desses textos com vistas a um confronto de leituras por meio da leitura em voz alta do texto, da produção de resumos comparativos de diferentes textos sobre o mesmo assunto, de paráfrase, paródias de textos e construções sintáticas etc.
            Ensinar português, em suma, e não tratar os alunos como devessem ter aprendido a língua escrita antes de chegar na escola, pois eles só vão aprender português, uma língua que não falam, na escola.

  Mirian Fernandes de Moura

Não apenas o texto, mas o diálogo em língua escrita é o conteúdo da aula de português

Não apenas o texto, mas o diálogo em língua escrita é o conteúdo da aula de português

Paulo Coimbra Guedes
Jane Mari de Souza

            Ler é produzir sentido; ensinar a ler é contextualizar textos; o leitor atribui ao texto que tem diante de si o sentido que lhe é acessível.
            É um direito de cidadania do aluno a ter acesso aos meios expressivos construídos historicamente pelos falantes e escritores da língua portuguesa para se tornar capaz de ler e compreender todo e qualquer texto já escrito nessa língua. Ensinar a ler é levar o aluno a reconhecer a necessidade de aprender a ler tudo o que já foi escrito, desde o letreiro do ônibus e o nome das ruas, dos bancos das casas comerciais, leituras fundamentais para  sua sobrevivência e orientação numa civilização construída a partir da língua escrita.
            Ensinar a ler é também dar acesso aos meios expressivos necessários para que o aluno leia não apenas os seus contemporâneos, mas também os antigos para que ele possa perceber que a língua portuguesa que lê é produto do trabalho de homens como ele. Desse modo, ensinar a ler  é alfabetizar, levar o aluno ao domínio do código escrito.
 O professor de português deve estar aparelhado é para mostrar as diferenças de efeitos de sentido que podem ser obtidos com o uso de conjunções forjadas historicamente na língua para expressar relações de e efeito.
A contextualização mais adequada para o entendimento de textos sobre cada área do conhecimento vai ser feita pelo professor da respectiva área, e isso não se refere aos termos próprios da ciência em questão, mas também ao valor particular que nesse contexto assumem relações mais gerais de oposição, causa e efeito. Ensinar a ler é contextualizar o texto e explorar os seus possíveis sentidos; aprofundar a leitura é promover um diálogo da leitura feita pelo aluno com a leitura feita pela tradição, e essas tarefas são de todas as áreas.
                                                                                            
Mirian Fernandes de Moura

As gravatas de Mário Quintana

As gravatas de Mário Quintana
(Não basta saber uma língua para entendê-la)

O lingüista Mario Perini aborda nesta obra a questão da comunicação entre os indivíduos. De maneira bem clara ele explica que para haver um entendimento das idéias transmitidas pelo falante é preciso muito mais conhecimento do que apenas o ouvinte falar a mesma língua.
Segundo o lingüista, a língua exprime apenas uma parte do que se quer transmitir, pois para entender por completo as idéias que o falante transmite não bastaria o ouvinte saber organizar as regras da língua e sim ter um amplo conhecimento em comum com o falante, seja por meios de cultura, crenças, meio social etc.
Para exemplificar, podemos dizer que em um diálogo o falante poderia fazer uma simples pergunta como: Você sabe onde fica a biblioteca? O ouvinte poderia ouvir respostas diferentes como: “Sei” ou “Sei sim, fica no centro da cidade”. O fato é que a frase não necessariamente é uma pergunta também pode ser um pedido de informação. Em todo caso, depende de muitos fatores para que haja a compreensão correta da frase.
Perini utiliza um exemplo para mostrar os diferentes significados da simples preposição de. Quando se fala em as gravatas de Mário Quintana podemos entender que as gravatas pertencem a Mario Quintana(que é um poeta conhecido por muitos), porém quando dizemos as gravatas de Pierre Cardin o significado da frase muda completamente, pois para quem conhece Cardin (que é um estilista) a relação já diz que não precisa ser de posse e sim como “autoria”, ou seja, as gravatas foram criadas por Pierre Cardin.
Apesar da preposição ser a mesma, o contexto apresenta significados diferentes, se o ouvinte/leitor não ter conhecimento desses dois personagens provavelmente seu entendimento ficará “distorcido” e/ou ambíguo.
Com os exemplos citados acima, Perini mostra que o mais importante para o funcionamento da linguagem é acima de tudo o conhecimento de mundo. Outro fator essencial para a compreensão  e sabermos o tipo de texto que estamos lendo ou ouvindo, pois se alguém fala a palavra análise podemos ter vários significados que só poderemos identificar através do contexto que esta palavra está inserida. Sendo assim, podemos entender de um gramático que análise é a explicitação da estrutura de um período, já para um psicólogo, análise quer dizer que alguém faz alguma coisa deitado no divã e para um químico será uma atividade realizada no laboratório. Sendo assim, só podemos saber o real significado da palavra se soubermos do que o assunto se trata.
Como as palavras podem ter vários significados, devemos então, ter mais atenção com os textos que são compostos por várias palavras. Perini mostra um exemplo bem coerente para demonstrar como o sentido total do texto muda ao trocarmos uma palavra. Veja:
Mamãe comprou um frango; ela vai dar um churrasco amanhã.
Mamãe comprou um pastor alemão; ela vai dar um churrasco amanhã.
Percebe-se que na primeira frase o sentido do texto é bem coerente, pois a possibilidade de comprar frango para assar durante o churrasco é típico da sociedade brasileira, porém na segunda frase é estranho alguém comprar um cachorro para o churrasco, então o sentido do texto mudou e se nós brasileiros não costumamos comer cachorros, ao se deparar com tal texto ficaremos um pouco confusos tentando entender.
Segundo Perini, se o falante e o ouvinte não têm um mesmo conhecimento, um texto que é fácil para um, pode ser muito difícil para o outro. O ato de compreender o que nos dizem não se resume ao uso correto e eficiente da língua.
Assim, é preciso ter muita atenção com o significado das palavras e verificar o contexto para entender do que se trata o assunto.

PERINI, Mário A. Sofrendo a gramática. São Paulo: Ática, 2001.

Mirian Fernandes de Moura

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

As Gravatas de Mário Quintana

Este texto do autor Mário Perini trata da forma como a língua é essencial na comunicação entre pessoas e na exposição de suas ideias. Porém, deixa muito latente de que não basta apenas duas pessoas falarem a mesma língua, mas sim de que comunguem um grande número de informações, assim como pertencerem a meios culturais semelhantes. Sem esse mínimo em comum, a língua deixa de funcionar enquanto instrumento de comunicação.
Pelo fato de a comunicação linguística possuir falhas, ela causa em muitas pessoas a frustração de não ter sido plenamente compreendida; esse problema se deve ao fato de que a língua exprime apenas uma parte do que se quer transmitir, pois se admite - erroneamente - o processo de comunicação como uma via de mão única.
O entendimento de uma simples frase não é somente a função de seus elementos constitutivos; necessita de informações sobre o contexto em que foi dita e de informações extralinguísticas. Em verdade, é o nosso conhecimento de mundo que nos dá a organização linguística; ela se apoia a todo instante em informações gerais sobre o mundo.
Outro ponto importante para a compreensão é ter o conhecimento do tipo de texto que estamos lendo ou ouvindo: só poderemos compreender se soubermos de que se está falando.
O entendimento de uma simples palavra depende crucialmente de informação extralinguística - afirmação recorrente neste texto - que nos mostra a difícil tarefa de compreensão das frases e das palavras. Perini menciona que o leitor precisa trabalhar para entender o texto. O receptor deve fazer uso do seu conhecimento de mundo, ver o que é necessário para a compreensão do texto e fazer as "pontes" de sentido para torná-lo uma unidade.
Um texto nunca é fácil ou difícil por si só; depende do leitor em questão. A compreensão de uma simples frase pode requerer preparação. É necessário que os interlocutores compartilhem grandes fatias do conhecimento do mundo. Quanto mais se conhece o mundo em geral, mais chances você terá de entender o que ler ou ouvir.
É adequado dizer que as pessoas se comunicam somando o que ouvem àquilo que sabem. Ou seja, quanto menos se sabe, mais difícil se torna a comunicação.


Aluna: Adriana Ramirez

A justiça e a consciência

Sunny von Bülow, herdeira de uma grande fortuna por parte de sua mãe, após divorciar-se de seu primeiro marido, casou-se pela segunda vez com Claus, com quem teve uma filha e permaneceu unida por muitos anos. A traição deste e o interesse dele pelo dinheiro dela são pontos que ajudam a torná-lo suspeito no dia em que ela é encontrada em estado de coma.
Mesmo equivocadamente, parentes e a governanta acreditam que ele tenha tentado matá-la, pois sua esposa fazia uma grande ingestão de medicamentos, alguns até proibidos, dadas suas condições de saúde.
A tentativa de homicídio não foi provada e sim apenas suposta, até porque a história retrata uma mulher psicologicamente fragilizada, infeliz e depressiva. Poderia até existir a hipótese de suicídio, analisando-se as condições emocionais que Sunny apresentava e ainda assim tinha a companhia do marido.
Todo o processo na justiça, as provas que foram apresentadas não foram suficientes para provar sua culpa. Sendo assim, Claus, foi inocentado das acusações, assim como ele desde o início inocentou sua própria consciência.

Aluna: Adriana Ramirez

Por que ler?

Tal questionamento é sempre feito, ou ao menos, deveria sê-lo por cada indivíduo que possua o mínimo de interesse em ter uma visão diferente de mundo.
Essa visão de mundo traduz-se em conhecer variados pontos de vista, adquirir vocabulário cada vez mais rebuscado, ser um leitor reflexivo e perceptivo aos diferentes assuntos que cada tipo de leitura pode proporcionar.
Cabe ressaltar que, atualmente, poucas horas são dispensadas a essa prática. Embora com o advento da internet o acesso aos textos, bibliotecas virtuais e até mesmo a seleção e compra de livros sem sair de casa tenha facilitado o ato de ler, muito tempo ainda é gasto com outros tipos de entretenimento.
A leitura é uma prática comum, básica, que permite a realização de atividades simples do cotidiano, como identificar o ônibus, ler uma receita ou bilhete. Deve ser incentivada desde a alfabetização, unindo escola-família, no intuito de instigar desde cedo o prazer em ler e em produzir uma boa leitura, ter o poder de refletir, interpretar e criticar algo publicado e ser capaz de aprimorar-se enquanto ser pensante.
O caminho a ser percorrido para que a leitura tenha o seu papel fundamental na vida do leitor ou do futuro leitor é que haja a prática constante, nas unidades de ensino, e que como disciplina, ele seja aplicado por todos os professores, em suas diferentes áreas de atuação.
É interessante para que o leitor crie intimidade com o livro e que, aos poucos, tenha dentro de si o anseio por se presentear com algo tão mágico: a leitura. Nessa mudança de comportamento, vale lembrar que todos nós temos a nossa parcela nessa corrente, pois podemos em nosso convívio, indicar títulos interessantes e promover às pessoas o quanto essa ação é importante e o quanto vale a pena estimular essa atividade. Só precisamos praticá-la e integrá-la ao nosso dia a dia e quem estiver a nossa volta terá essa percepção.
Que tal começarmos desde já?


Aluna: Adriana Ramirez

sábado, 19 de novembro de 2011

Análise do discurso e teorias da enunciação

POLIFONIA E IMPLÍCITO COMO RECURSOS ARGUMENTATIVOS EM TEXTOS MIDIÁTICOS



Polifonia é definida como a multiciplicidade de sujeitos responsáveis pelo  ponto   de vista das falas, em um texto.

Marcas  linguísticas: verbo no pretérito  imperfeito, frases na voz passiva, verbos cujos significados explicitam tratar-se de outro  falante  (negar, desmentir, garantir…), uso de partícula indeterminadora do sujeito, modalização, discurso indireto, nominalização de fatos, restrição.

Segundo Maingueneau (2000), implícito é  o  conteúdo   que  não  constitui,  em  princípio, o objeto  verdadeiro    da enunciação. Distingue os implícitos  em: semânticos e pragmáticos.

O conteúdo explícito é a frase dada. O conteúdo implícito dividi-se em  pressupostos: suporte significante e subentendido: não apresenta significante e se infere por índices .

Ex: A  Dra.  Maria  Clara  salvou  meu amigo  João  de  um  aneurisma.

a)      Pressupostos:  Maria Clara é médica.

                       Tem um amigo de nome João.

                       João tinha um aneurisma.

     b)  Subtendido:   no   caso,   posso    estar  indicando   a   Dra.   Maria   Clara   ao             ouvinte, como uma médica  digna  de ser recomendada.

Marcas linguísticas na frase:

  Suporte lexical: Maria Clara é médica. (doutora  e  doença  estão  no   mesmo campo semântico).

  Suporte no sintagma lexical: João é um amigo meu. (meu amigo João)

   Suporte no tempo verbal: João tinha um aneurisma.

Subentendido: A Dra. Maria Clara é boa profissional. (recomenda-se ela)

 Insinuação:  Subentendido malévolo.

 ex: A médica Dra. Maria Clara não salvou meu amigo João de um aneurisma.

 (quando alguém disser estar pensando fazer uma cirurgia de aneurisma com a Dra. Maria Clara.)


Aplicação da teoria em um parágrafo do texto:

Tempo de escolha

  “Do ano de 2002, os futuros historiadores do Brasil vão certamente dizer  que tivemos  uma eleição carente de ideias, e com sobra  de marketing. A revista  República deste mês traz na capa a foto de três dos mais  importantes marqueteiros  políticos  do Brasil, com uma manchete  onde se lê: “Um deles vai  levar  a presidência”. É como se os candidatos  não importassem, apenas seus vendedores.”

                                                                  Cristovam Buarque (O Globo, 14/1/2002; p.7)

Comentários:

   Polifonia: “reporta”   possível   fala    dos   futuros historiadores do Brasil, sobre carência de ideias na eleição.

  Marcas linguísticas; vão dizer, certamente

Pressupostos:

  •  haverá eleição no ano de 2002;
  •  historiadores escreverão sobre  as eleições no  Brasil;

  •  circula entre nós uma revista intitulada  República;

  •  a eleição referida é para presidente do Brasil;
  •  Discurso direto “um deles vai levar a presidência”  subentende-se possa ser um marqueteiro  o real  vencedor da eleição.

A partir da análise realizada, verificamos que é possível uma leitura em profundidade utilizando–se dos recursos de polifonia e implícitos.


BIBLIOGRAFIA
PAULIUKONIS, H.A.L. & GAVAZZI, S. (orgs.) Texto e Discurso. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.

Aluna: Ana Paula Assad

sábado, 12 de novembro de 2011

Competência e Habilidades

A diferença entre competência e habilidade, em uma primeira aproximação, depende do recorte. Resolver problemas, por exemplo, é uma competência que supõe o domínio de várias habilidades. Calcular, ler, interpretar, tomar decisões, responder por escrito, etc., são exemplos de habilidades requeridas para a solução de problemas de aritmética. Mas, se saímos do contexto de problema e se consideramos a complexidade envolvida no desenvolvimento de cada uma dessas habilidades, podemos valorizá-las como competências que, por sua vez, requerem outras tantas habilidades.
Qual a diferença entre competência e habilidade de ler? Saber ler, como habilidade, não é o mesmo que saber ler como competência relacional. Em muitas situações (quando temos de ler em público, por exemplo), ou não sabemos ler, ou temos dificuldades para isso. Como coordenar as perspectivas do texto, dos ouvintes e do leitor? Todos conhecemos escritores brilhantes, mas que não são bons conferencistas. Na escola ocorre algo semelhante quando se trata de ler poesias ou contar histórias: nem todos os professores sabem como fazê-lo.
O mesmo ocorre na transmissão de um conteúdo no contexto da sala de aula. Há professores que sabem fazê-lo de forma agradável, comunicativa, com entusiasmo e competência. Os alunos, certamente, participam, envolvem-se, sentem-se incluídos, encantados (e, a seu modo, agradecem).
Para dizer de um outro modo, a competência é uma habilidade de ordem geral, enquanto a habilidade é uma competência de ordem particular, específica. A solução de um, problema, por exemplo, não se reduz especificamente aos cálculos que implica, o que não significa dizer que o cálculo não seja uma condição importante. Igualmente, ainda que escrever a resposta não corresponda a tudo que está envolvido na solução de um problema, é uma habilidade essencial. O mesmo se pode dizer do tempo entre a leitura e a proposição da resposta, por exemplo.
Voltando ao jogo de percurso. Há muitas habilidades envolvidas em sua solução: ficar no caminho, jogar os dados, ler os números do dado, caminhar em função dos pontos, etc. Quanto à tomada de decisão (o que é melhor fazer, em face das circunstâncias de que momento do jogo e seu objetivo) penso que se refere a uma competência relacional. Ou seja, as habilidades são necessárias, mas não suficientes, ao menos na perspectiva relacional.
Para se comunicar bem em uma palestra, apenas saber ler é uma condição insuficiente, pois há uma conjunção de fatores que são de outra ordem. O que não quer dizer que competência seja apenas um conjunto de habilidades: é mais do que isso, pois supõe algo que não se reduz à a soma das partes.
Na visão relacional de competência aqui proposta, se os alunos não aprenderam é porque o professor não ensinou, independentemente de sua competência pessoal no domínio dos conteúdos e do valor, de verdade, de sua exposição.
        Fonte:  Competência e Habilidades: Elementos para uma reflexão pedagógica - Lino Macedo

                 
Aluna: Cleo Almeida

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Resumo: A IMPORTANCIA DO ATO DE LER – Paulo Freire


O texto “A importância do ato de ler” de Paulo Freire inicia comentando o processo de compreensão crítica do ato de ler em sua vida e como ocorre a compreensão de um texto a ser alcançada pela sua própria leitura crítica que implica a percepção nas relações entre um texto e o contexto. Esclarece ainda, que a leitura de mundo precede a leitura de palavra, onde a importância da leitura na alfabetização é papel fundamental na construção da história de um indivíduo.
Paulo Freire nos lembra que a leitura de mundo precede a palavra, isso nos mostra através de suas experiências de quando nos primeiros anos aprendeu a ler em sua própria casa, no Recife, rodeado de árvores, algumas delas eram vistas como se fossem gente. Sua velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço – o sítio das avencas de sua mãe, na verdade, aquele mundo descrito por ele, era o mundo de suas primeiras leituras, como acontece na vida de todos nós. O primeiro contato com a leitura, inicia em nossa casa, com a ajuda de nossos familiares, como por exemplo, o caso de Dona Clotilde (minha avó paterna) que mora no Brasil há aproximadamente 56 anos, foi alfabetizada em casa pelo seu irmão mais velho. Quando começou a frequentar à escola, estava mais adiantada do que seus amigos de sala. Mas não conseguiu concluir o antigo primário. Hoje, o pouco que sabe, afirma ter adquirido em casa.

Podemos concluir que o alfabetizando aprende mais a partir da sua realidade, do que a que está sendo imposta pelo alfabetizador. Para sermos mais específico, hoje, este processo é conhecido como o método construtivista, onde o alfabetizando aprende através da sua construção e não da memorização.
Tatiana de Brito Rosinha Oliveira.



RESENHA: “AS GRAVATAS DE MÁRIO QUINTANA” (não basta saber uma língua para entendê-la)

O texto deixa claro que a compreensão das frases e palavras não é uma tarefa especificamente linguística, mas sim uma tarefa em que empenha todo o conhecimento do receptor, necessitando de esforço para unir o conhecimento da língua com o conhecimento de outras áreas adquirido ao longo do tempo. Sendo assim, quanto menos conteúdo as pessoas tiverem, mais difícil ficará a comunicação.

                                   Tatiana de Brito Rosinha Oliveira
           O ENSINO DA GRAMÁTICA. COMO É POSSÍVEL?


O Conto "A Causa Secreta" em quadrinhos

O conto aborda um tema oculto da alma de todo ser humano: a crueldade. Machado de Assis cria um cenário onde o recém formado médico Garcia, conhece o espirituoso Fortunato, dono de uma misteriosa compaixão pelos doentes e feridos, apesar de ser muito frio, até mesmo com sua própria esposa e utiliza uma linguagem bastante acessível, que não encontramos em muitas de suas obras. 
A história transcorre com Garcia e Fortunato tornando-se amigos, a apresentação de Maria Luiza, esposa de Fortunato e ainda com a abertura de uma casa de saúde em sociedade.
O clímax então acontece quando Maria Luiza e Garcia flagram Fortunato torturando um pequeno rato, cortando-lhe pata por pata com uma tesoura e levando-lhe ao fogo, sem deixar que morresse. É assim que percebe-se a causa secreta dos atos daquele homem é o sofrimento alheio lhe é prazeiroso. Isso ocorre ainda quando sua esposa morre por uma doença aguda e quando vê Garcia beijando o cadáver daquela que amava secretamente. Fortunato aprecia até mesmo seu próprio sofrimento.
Podemos afirmar que este conto é um expoente máximo da técnica de Machado de Assis, deixando o leitor impressionado com um desfecho inesperado, mas que demonstra de forma exponencial, a natureza cruel do ser humano.

Tatiana de Brito Rosinha Oliveira
Linguística aplicada ao ensino da leitura e da escrita



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Aspectos teórico da Linguística

Quando falamos em linguagem lembramos logo da comunicaçao, da linguagem dos animais, da linguagem corporal, da linguagem da sinalizaçao, mas quando olhamos a linguagem com uma visão cientifica, ela se transforma em ciência. A linguagem é uma capacidade humana, uma habilidade, que apenas o homem possue para se comunicar através da lingua no meio da sociedade.
Por mais que a funçao principal dessa linguagem seja para falar, para se comunicar os linguistas estão mais interessados em estudar a raiz, a origem dos processos da utilizaçao, dessas linguas que são universais na mente de qualquer ser humano que more de norte ao sul. Os estudos da linguagem são muito importantes para a sociedade.

Cleonice (Resumo Prof. Sônia)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mais eventos para 2011


Outubro

IX Colóquio Nacional e II Internacional do Museu Pedagógico: Desafios epistemológicos na atualidade
05 a 07 de outubro
Vitória da Conquista – BA

XIII Congresso de Estudos Literários
5, 6 e 7 de outubro
UFES

V Jornada de Estudos do Discurso
6 e 7 de outubro
PUC-Rio

V Encontro das Ciências da Linguagem Aplicadas ao Ensino (ECLAE)
12 e 15 de outubro
UFRN

II ENGT – Encontro Nacional do GT Teoria do Texto Poético
13 e 14 de outubro
Unidade Cora Coralina da UEG e Museu Casa de Cora Coralina (Goiás – GO)

VII CONGRESO NACIONAL DE PROFESORES DE PORTUGUÉS DE LA ASOCIACIÓN ARGENTINA DE PROFESORES DE PORTUGUÉS “Lengua, identidades e integración”
13 a 15 de outubro
Universidad Nacional de Lanús –  Remedios de Escalada, Buenos Aires, Argentina

II EIAL – ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
17 a 19 de outubro
Universidade Federal de Juiz de Fora

XVIII Congresso Nacional de Estudos Clássicos: Antiguidade: performance & recepção
17 a 21 de outubro
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ

34a Reunião Anual da ANPED
Outubro de 2011

II ENALE – ENCONTRO NACIONAL DE LEITURAS
24 a 26 de outubro
Universidade Federal do Amazonas

STIL 2011: 8º Simpósio Brasileiro de Tecnologia da Informação e da Linguagem Humana
24 a 26 de outubro
UFMT – Cuiabá, Mato Grosso

XI Congresso Internacional da Associação Brasileira de Estudos Canadenses (ABECAN): 20 anos de interfaces Brasil-Canadá
24 a 26 de outubro
UFB – Instituto de Letras – Salvador, Bahia

I Congresso Internacional de Estudos Orientais e Eslavos da UFRJ / VI Encontro de Letras Orientais e Eslavas
24 a 27 de outubro
Faculdade de Letras da UFRJ

XX CELLIP Centro de Estudos Linguísticos e Literários do Paraná
25 a 27 de outubro
Universidade Estadual de Londrina

I Seminário Internacional de Língua, Literatura e Processos Culturais – SILLPROC
Universidade de Caxias do Sul
25 a 28 de outubro

Congreso Internacional Lectura 2011: para leer el XXI
Se ha de conocer las fuerzas del mundo para ponerlas a trabajar
La Habana, Cuba (en su sede habitual el Hotel Habana Libre Tryp Sol Meliá)
25 al 29 de octubre de 2011
http://www.ibbycuba.org/congreso_lectura/

IV Congresso Internacional sobre Metáfora na Linguagem e no Pensamento
26, 27 e 28 de outubro
UFRGS

Novembro

IX Congresso Internacional da Associação Latino-americana de Estudos do Discurso
1  a  4 de novembro
UFMG – MG

I EEBA – Encontro de Estudos Bakhtinianos 
04 a 06 de novembro de 2011
Faculdade de Educação – UFJF

V Simpósio Linguagens e Identidades da/na amazônia Sul-Ocidental e IV Colóquio Internacional: as Amazônias, as Áfricas e as Áfricas na Pan-Amazônia
07 a 11 de novembro
UFAC

X Encontro de Linguística de Corpus (ELC) e V Escola Brasileira de Linguística Computacional
9 a 12 de novembro de 2011
UFMG – Belo Horizonte

Colóquio internacional: Áfricas de Uns e de Outros: Olhares Cruzados e Imagens Identitárias
12 e 13 de Dezembro
Fundação Universidade do Porto – Faculdade de Letras, Portugal

II CONGRESSO INTERNACIONAL DE FRASEOLOGIA E PAREMIOLOGIA & I CONGRESSO BRASILEIRO DE FRASEOLOGIA: Tendências atuais na pesquisa descritiva e aplicada em Fraseologia e Paremiologia
13 a 17 de novembro
UnB – Brasília

XIII Simpósio Nacional de Letras e Linguística – III Simpósio Internacional de Letras e Linguística
23 a 25 de novembro
UFU

Dezembro

II Congresso Internacional de Neologia das Línguas Românicas
05 a 08 de dezembro
USP